A partir da máquina, começou a investir em panos de prato, em aplicações e a direcionar o olhar para todo tipo de artesanato e nas demais novidades, buscando oportunidades.
A família, vendo o resultado do esforço, aderiu ao projeto. O marido e a filha, de 13 anos, passaram a ajudar na produção. Gilberto da Conceição Nascimento, também funcionário público municipal, começou a se interessar por artesanato e passou a ajudar: “Ele também nunca tinha feito nenhum trabalho manual, mas vendo que o dinheiro estava entrando e eu estava ajudando a pagar as contas, se empolgou”. Hoje ela conta, com orgulho, o que já adquiriu com o dinheiro da renda extra: ”Comprei um guarda-roupa, um rack, armários de cozinha e material de construção para minha casa, e ainda ajudei a pagar pedreiro. Esse dinheiro é uma bênção!”
Ela produz móbiles, pano de copa, peteca, almofada, embalagens, chaveiros e bolsas. Além disso, ela produz o que o cliente quer ou necessita: “Ela é uma artesã que não faz só o que gosta, ela trabalha de olho na necessidade do cliente, ela escuta o cliente e produz para agradá-lo. Por isto ela vende muito”, avalia Ivane Amado, funcionária da Casa do Artesão.
Dinheiro e aprendizado - Celina mostra que está atenta ao que acontece ao seu redor. Na Casa do Artesão, ela tem a humildade de enxergar outras oportunidades além da renda extra: “A Casa do Artesão não significa apenas fonte de renda pra mim; aqui é um local de aprendizado. Os clientes me ensinam, as pessoas mais velhas me ensinam, os outros artesãos me dão dicas e eu sigo, porque quero melhorar meu trabalho. Eu não aprendi a fazer artesanato em família, como acontece com muita gente. Então, aproveito tudo o que for para melhorar meus produtos, e sempre tive muito incentivo dos artesãos e funcionários da Casa do Artesão, como por exemplo, Dona Anna Cunha, Eponina Sanches, Ana Cláudia Coimbra, Jorgina, Ricardi di Paula e a funcionária Ivane Amado, a Vaninha, além de todo o apoio e incentivo que recebo da Secretaria de Cultura e da secretária Eloiza Morucci”.
O artesanato mudou radicalmente a vida de Celina: “Tenho que dizer que não foi só a minha vida que mudou. A minha família ta muito mais unida, graças ao artesanato. Agora, todo mundo chega junto, estamos mais unidos, aproveitando todo o tempo livre para cortar, pregar, bordar, costurar. E assim, conversamos, vemos televisão, ficamos juntos. Além disso, serviu de terapia para meu marido”. Atualmente, Celina comemora o título de Campeã de Vendas da Casa do Artesão de Porciúncula. O mês de junho rendeu à artesã R$600,00 líquido. Ela já faz planos para o uso do dinheiro extra que pintou este mês, graças às vendas na Casa do Artesão e na MercoNoroeste, em Itaperuna, onde teve um estande com os produtos artesanais de Porciúncula.
No momento, a família está unida em franca atividade, produzindo bastante para fazer bonito na Exposição Agropecuária, que acontece no município de 19 a 23 de agosto, em comemoração ao aniversário do município. A Casa do Artesão se faz presente com seus produtos no Centro de Comercialização, no Parque de Exposições.
Rosimere Ferreira
PMP/Cultura
Julho/2009